Para ti

ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

desde ontem
o mundo tem mistérios
que não entendo. são como janelas

por onde vão os meus passos inquietos
porque desde ontem ter asas
não é limite

e o tempo fechou-se numa laranja
a flor abriu-se numa semente
e cada coisa que se fecha
noutra coisa se abre

e um poema pousado numa tarde
é uma árvore uma sombra um rio

a mão iluminada

que te busca