Para ti

ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.

domingo, 11 de março de 2007

estas são as coisas que te disse

todas elas já arrumadas nas sombras
ou dentro de livros embaciados
outras caídas em manchas de roupas
que não têm uso

enquanto as folhas das árvores
percorrem o seu caminho até ao chão.

e tu vês a minha mão
e como os vidros
reflectem as minhas feridas

agora que as casas são imagens
e as pedras cumprem o que lhes foi dado.

chega aqui: no teu ouvido

nunca envelheci