jura que nada
ficará fora de nós
nem espaço nem tempo
nem onde
nem porque
Para ti
ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.
domingo, 30 de março de 2008
sábado, 22 de março de 2008
já ouvi falar de pessoas como tu
que atravessam as ruas
em sítios perigosos
e se enchem de pássaros
por onde passam
e são como os peixes
e sobre a água da chuva vão
serenos e descalços
até que faça frio.
e um dia começam a falar com as flores
e dizem com gestos nas palavras
o pão o vinho a água
e sei que houve uma noite
em que foste mais do que esta vida
e colheste amoras e outros frutos
para um cesto
que nós desconhecemos.
e então pediste-nos uma cruz
que atravessam as ruas
em sítios perigosos
e se enchem de pássaros
por onde passam
e são como os peixes
e sobre a água da chuva vão
serenos e descalços
até que faça frio.
e um dia começam a falar com as flores
e dizem com gestos nas palavras
o pão o vinho a água
e sei que houve uma noite
em que foste mais do que esta vida
e colheste amoras e outros frutos
para um cesto
que nós desconhecemos.
e então pediste-nos uma cruz
segunda-feira, 17 de março de 2008
sábado, 8 de março de 2008
a minha mãe já não entende o mundo
e as suas palavras descem sossegadas
misturam-se no ar e nas paredes
são borboletas são pássaros
pequenas coisas de carinho
um poço mais fundo
onde se vê tudo o que há no mundo
onde as laranjas têm árvores
e crianças nas janelas
e eu corro em campos de alegria
com uma dor no coração
e as suas palavras descem sossegadas
misturam-se no ar e nas paredes
são borboletas são pássaros
pequenas coisas de carinho
um poço mais fundo
onde se vê tudo o que há no mundo
onde as laranjas têm árvores
e crianças nas janelas
e eu corro em campos de alegria
com uma dor no coração
sábado, 1 de março de 2008
para a Sílvia Brites
há mais coisas no mundo
mais dias na vida
rosas casas
barcos no mar
conchas e mistérios na areia
árvores que deram fruto
paisagens onde estamos
e o que foi feliz pode ser triste
pois as coisas também se quebram.
mas à medida que envelhecemos
percebemos
que pode haver alegria
mesmo naquilo que não temos
há mais coisas no mundo
mais dias na vida
rosas casas
barcos no mar
conchas e mistérios na areia
árvores que deram fruto
paisagens onde estamos
e o que foi feliz pode ser triste
pois as coisas também se quebram.
mas à medida que envelhecemos
percebemos
que pode haver alegria
mesmo naquilo que não temos
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