eu não sei
como é com as outras mães
mas a minha ensinou-me
a ver os pássaros que dantes
as árvores tinham
outras vezes
com as suas mãos
passava sobre as minhas dores
e ficavam pequenas rosas
que ainda hoje não entendo
e cuidou de mim nas minhas feridas
aconchegou-me nos dias frios
e nas noites de pavor e medo
mostrava-me um senhor numa cruz
e dizia-me que assim era também o seu amor
a mãe deu-me tudo
e quando um dia quis pagar-lhe
essa incomensurável dívida
já não estava
Para ti
ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
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