para a minha filha Ana
em viagem-aventura pela América Central
eles não acreditam em anjos
mas tenho um na mão que te escreve
deste lado do rio
segurando o teu olhar
para que nunca se perca
para que nunca siga inclinado
fora do caminho que te segue
seguindo o caminho do lobo
lado a lado
com o caminho da formiga
inclinando a cabeça ombros e coração
para que no sono nunca te aconteça nada
e nunca nada te perca
Para ti
ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
domingo, 21 de janeiro de 2007
sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
até que eles partam todos
os seus crimes com espinhos
e rosas de sangue
que partam todos
com as suas vozes negras
negras nas fogueiras e nas cinzas
como olhos mortos e sem destino
e os gritos afiados na alma
as botas cheias de lama
e para a lama tornem todos
pois as feridas tinham botas
as fardas tinham botões e lágrimas.
que partam agora todos
e nunca mais voltem
os seus crimes com espinhos
e rosas de sangue
que partam todos
com as suas vozes negras
negras nas fogueiras e nas cinzas
como olhos mortos e sem destino
e os gritos afiados na alma
as botas cheias de lama
e para a lama tornem todos
pois as feridas tinham botas
as fardas tinham botões e lágrimas.
que partam agora todos
e nunca mais voltem
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
quis ser
uma pequena ponta da tua luz
um fugaz reflexo
do brilho quando passas
em lentos barcos pelo mar
e te afastas
e depois descer com as tuas mãos
quando as minhas te procuram
e quis ser longe nas asas dos pássaros
chamando por ti nos olhos dos animais
evocando antigos sinais e gestos
talvez ser uma porta entreaberta
onde tu estivesses sempre
e quis
sem saber que já era em ti
uma pequena ponta da tua luz
um fugaz reflexo
do brilho quando passas
em lentos barcos pelo mar
e te afastas
e depois descer com as tuas mãos
quando as minhas te procuram
e quis ser longe nas asas dos pássaros
chamando por ti nos olhos dos animais
evocando antigos sinais e gestos
talvez ser uma porta entreaberta
onde tu estivesses sempre
e quis
sem saber que já era em ti
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
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