se houvesse escolha
para as crianças que morreram este verão
à beira dos rios e dos pássaros calmos
e se houvesse escolha
para as sombras que nos seguem
e para as coisas que se quebram
e para as árvores em novembro
com as suas cores desbotadas
e porque não há escolha no tomilho
nem se escolhe ser melro
ou um dia por acaso
nem as estações escolhem
os seus desígnios
ou se houvesse escolha
nas portas e janelas do mundo
por onde entrar sair ficar
Para ti
ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
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