Para ti

ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.

sexta-feira, 2 de maio de 2008


há um mistério em ti
que não entendo

e nele os pássaros movem-se
como rosas em silêncio

e há dias
em que as horas não passam
e são barcos presos na areia

e outros
em que as noites têm estrelas
que as minhas mãos quase
podem agarrar

ou talvez sejam as tuas asas
quando passas

deixando sinais na água