Para ti

ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

até que eles partam todos

os seus crimes com espinhos
e rosas de sangue

que partam todos
com as suas vozes negras

negras nas fogueiras e nas cinzas
como olhos mortos e sem destino

e os gritos afiados na alma
as botas cheias de lama
e para a lama tornem todos

pois as feridas tinham botas
as fardas tinham botões e lágrimas.

que partam agora todos
e nunca mais voltem