até que eles partam todos
os seus crimes com espinhos
e rosas de sangue
que partam todos
com as suas vozes negras
negras nas fogueiras e nas cinzas
como olhos mortos e sem destino
e os gritos afiados na alma
as botas cheias de lama
e para a lama tornem todos
pois as feridas tinham botas
as fardas tinham botões e lágrimas.
que partam agora todos
e nunca mais voltem
Para ti
ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.