hoje venho lembrar que sou o poeta da ignorância, clandestino, provinciano e sem literatura. companheiro das formigas e da rã, povoador dos pássaros de papel e de uma casa muito inclinada, e que são tantos os mundos desta minha ignorância, que há muito que passei pelo que chamam literatura e seus arautos. e que pelo caminho conheci jesus pendurado na parede do meu quarto. tornámo-nos amigos, pois só o amor salva. e nomeio Deus com o mesmo à vontade com que olho uma árvore ou uma criança.
desde há muito que caminho de joelhos