esta palavra que não posso dizer
inventei-a para ti.
vivo e caminho dentro dela
e vou pelas ruas pela chuva
sem mapas nem atalhos
pois de nada mais preciso
desde que preciso de ti.
e em certos momentos arranco-a de mim
para dar-ta
como um pedaço da minha carne
do meu sangue
ou do meu coração que é já teu
Para ti
ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.