Para ti

ajuda-me a suportar o peso destes dias em que a lama se mistura com a luz, e deixa-me ver no escuro como as laranjas crescem nas àrvores do meu coração mesmo quando o silêncio se transforma em desertos, para que todos os meus desertos sejam o caminho que te procura, e dá-me a tua mão para nela pôr a minha alma enquanto caminhamos.
desce sobre mim a tua luz, a tua àgua, a tua chuva, ajuda-me a ser o teu destino, a tua única verdade, pois tu és a minha explicação.

sábado, 20 de outubro de 2007

já nada me contenta.

flutuo agora entre as asas e o abismo
dos meus poemas
levado por palhas e desejos

ah se ao menos o meu corpo fosse
a tua casa
e nela abrisses as janelas
e depois me acenasses
como as crianças fazem quando é noite
e adormecem

mas as minhas mãos são navios
que nunca se contentam