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como o mundo está
errado
desenhei-o
numa folha a4
depois desenhei uma
caravela
e um cordel de atar
coisas
atei-lhe o mundo
errado
como quem ata
um recado
se amanhã
voltar a chover
se amanhã
formos melhores
se amanhã
for este o caminho
339
por onde quer
que vá
tu confortas-me
nas estradas mais
agrestes
nas ruas mais escuras
tu confortas-me
não interessa que
não existas
pois também eu nasci
num infinito
silêncio
também eu frequento
os lugares ausentes
também eu começo
onde acabo
e ainda assim
e não obstante
confortas-me na tua
infinita ausência
que tu nada me dás
e nada tiras
desconhecidos um no
outro
damos as mãos e vamos
deitei-me à beira
do teu nome