sexta-feira, 4 de julho de 2008

desde ontem
o mundo tem mistérios
que não entendo. são como janelas

por onde vão os meus passos inquietos
porque desde ontem ter asas
não é limite

e o tempo fechou-se numa laranja
a flor abriu-se numa semente
e cada coisa que se fecha
noutra coisa se abre

e um poema pousado numa tarde
é uma árvore uma sombra um rio

a mão iluminada

que te busca