sábado, 20 de outubro de 2007

já nada me contenta.

flutuo agora entre as asas e o abismo
dos meus poemas
levado por palhas e desejos

ah se ao menos o meu corpo fosse
a tua casa
e nela abrisses as janelas
e depois me acenasses
como as crianças fazem quando é noite
e adormecem

mas as minhas mãos são navios
que nunca se contentam