já nada me contenta.
flutuo agora entre as asas e o abismo
dos meus poemas
levado por palhas e desejos
ah se ao menos o meu corpo fosse
a tua casa
e nela abrisses as janelas
e depois me acenasses
como as crianças fazem quando é noite
e adormecem
mas as minhas mãos são navios
que nunca se contentam