terça-feira, 7 de janeiro de 2025

 


no que respeita

à poesia

 

desejo

 

que nunca o seu nome

seja invocado em vão

 

que no seu lugar

mais alto

a mão

 

a mão que colhe

não seja a mão

que vende

 

que no seu coração

floresça a recusa

do iníquo

 

e assim cada palavra

regresse a casa

e ao vento

 

luminoso o

caminho