sábado, 8 de março de 2008

a minha mãe já não entende o mundo

e as suas palavras descem sossegadas
misturam-se no ar e nas paredes

são borboletas são pássaros
pequenas coisas de carinho

um poço mais fundo
onde se vê tudo o que há no mundo
onde as laranjas têm árvores
e crianças nas janelas

e eu corro em campos de alegria
com uma dor no coração